A Cannabis medicinal pode ajudar na performance de paratletas. O CBD é aceito pela WADA (Agència Mundial antidoping) desde as últimas olimpíadas, principalmente porque ajuda atletas a lidarem com quadros de lesão e dor sem recorrerem à medicamentos à base de opióides. Mas o paratletismo também vem se beneficiando com o potencial terapêutico da medicina canabinóide, como no caso dos paratletas da natação Talisson Glock, Roberto Alcade e Susana Schnarndorf.
Muitos não se pronunciam sobre o uso do CBD com medo do preconceito que ainda ronda a Cannabis medicinal, por falta de conhecimento da população em geral. Entenda como atletas e paratletas podem se beneficiar com o uso da Cannabis medicinal.
Melhor rendimento no atletismo
Como seria poder manter a performance nos treinos e competições, acelerar a recuperação de um processo inflamatório e de tecidos lesionados após treinos, diminuir o estresse e melhorar o sono, sempre tão afetados para quem quer seu melhor rendimento?
Atletas que utilizam o CBD saem na frente com vantagem nestes quesitos, devido às suas múltiplas propriedades terapêuticas. Além de ser anti inflamatório, o CBD também ajuda no controle da dor, melhora sono, ansiedade, estresse e o foco em períodos de competições. Além disso, previne lesões, por proteger os tecidos.
No paratletismo, o CBD ajuda a controlar doenças inflamatórias crônicas, espasticidade (movimentos involuntários) e retardar a evolução de algumas doenças. Vale lembrar que nas últimas olimpíadas o CBD não entrou na política de antidoping para competidores, mas o THC permanece na lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidoping (WADA).
Ansiedade e insônia
Atletas engajados buscam alta performance. Porém o nível de cobrança exigido pode desencadear ansiedade, insônia e até depressão, prejudicando o rendimento e até comprometendo os resultados em importantes competições.
Sono em dia e doença sob controle
A nadadora paratleta Susana Schnarndorf relatou que sentiu a diferença assim que iniciou o uso do CBD, já que começou a dormir melhor, comer melhor e não ter mais ataques de ansiedade. Portadora da doença MSA (múltipla falência dos sistemas), que afeta a mobilidade, a paratleta percebeu também que a progressão da doença diminuiu com o uso do CBD. Ela carrega hoje as medalhas de prata nos 200 metros nado livre e bronze em mais 3 modalidades, no Mundial de Manchester 2023.
Recuperação rápida, treinos em dia
O medalhista de ouro nos 400 metros livres no Mundial de Manchester 2023, Talisson Glock, nadador paralímpico, usa o CBD para se recuperar mais rapidamente entre treinos e competições. Iniciou o uso para tratar a insônia e melhorar a qualidade do sono, essencial para ter um bom rendimento.
Atletas de alto rendimento se recuperam mais rapidamente com o uso do CBD porque o canabinóide combate o processo de inflamação e ajuda a diminuir as dores que acompanham seu dia a dia.
É ouro, é imparável e usa CBD
Ele acumula várias medalhas de ouro na modalidade 100 metros peito paralímpica: Jogos Parapan-Americanos Lima 2019 e no Mundial de Montreal 2013. Robert Alcalde, que convive com uma má formação congênita, a mielomeningocele, começou a utilizar o CBD ao perceber a melhora na performance do colega Talisson Glock.
Impressionou-se com a rapidez dos resultados após iniciar o tratamento com CBD para ansiedade, já que melhorou seu rendimento, concentração e impactou diretamente na sua rotina de treinos.
A Cannabis medicinal pode auxiliar os atletas a diminuírem a ansiedade e manterem a rotina de sono reparador, necessários para terem resultados satisfatórios em seus treinos e competições. Ao mesmo tempo, o CBD ajuda na recuperação e proteção de tecidos e é neuroprotetor – inúmeras propriedades terapêuticas contidas em algumas gotas do óleo medicinal da Cannabis.
Analgésico eficaz sem risco de viciar
Atletas muitas vezes precisam de fortes analgésicos para manter seus treinos em dia, ao se prepararem para competições importantes. Ao utilizar opióides para a dor, muitos temem se viciar na medicação, já que o organismo se acostuma com os efeitos e exige doses cada vez maiores.
Os canabinóides têm sido utilizados por atletas para alívio das dores musculares relacionadas aos treinos intensivos e às lesões, sem o risco de se viciar.
Nos Estados Unidos, existe um problema muito sério de dependência causado por compostos opióides (similares à morfina), utilizados no tratamento da dor, pois muitos atletas tornam-se dependentes pelo uso constante.
Ao introduzir o CBD para o controle da dor, é possível diminuir o uso de opióides aos poucos, até o completo desmame, já que o canabinóide também consegue ajudar a combater substâncias viciantes.
Efeito Neuroprotetor
Os fitocanabinóides presentes na Cannabis atuam reequilibrando o Sistema Endocanabinóide existente em nosso organismo, quando este não produz endocanabinóides suficientes para o controle de funções básicas, como produção de hormônios que influenciam no humor, ciclo do sono, fome, reprodução, sistema imunológico, controle de processos inflamatórios e de dor. Sabemos que o corpo funciona como um todo e estes efeitos dos canabinóides também se refletem no nosso Sistema Nervoso.
Um artigo publicado na Liebert Pub investigou como o Sistema Endocanabinóide (SEC) pode ajudar na recuperação do tecido cerebral, num efeito de neurogênese. O SEC está presente na barreira hematoencefálica e diminui a possibilidade de agentes agressores atravessarem esta barreira e causar danos ao cérebro, ao diminuir a permeabilidade e aumentar a integridade dessa membrana protetora.
Mas além de agentes agressores internos, o uso da Cannabis medicinal também possui efeitos neuroprotetores. Aqui falamos do óleo de Cannabis também com pequena porcentagem de THC, permitida pela ANVISA.
Outra pesquisa mostrou que o uso do THC após lesões cerebrais traumáticas em cobaias resultou em reparação dos tecidos cerebrais em duas semanas. Isso foi possível porque o THC estimula a proliferação de células-tronco/progenitoras sanguíneas, que se diferenciam em novos neurônios, num processo de autorreparação do cérebro.
Esses dados são relevantes para atletas que se dedicam ao MMA, artes de contato como judô, jiu-jitsu, bem como outros esportes que tenham risco de quedas e lesões na cabeça. Existe não só o efeito corretivo, mas também o efeito preventivo no uso da Cannabis medicinal, já que ela é neuroprotetora.
Propriedades reconhecidas pela ONU
Segundo a Agência Senado, a ONU já mudou a classificação da Cannabis para a lista de substâncias com propriedades medicinais reconhecidas, embora ainda controladas.
Também a WADA retirou o CBD da lista de substâncias proibidas em 2018, o que significa que os atletas podem utilizar o composto sem correr o risco de serem penalizados por doping. É de se esperar que mais atletas comecem a utilizar o CBD, já que o uso medicinal da Cannabis está legalizado – mesmo que ainda nem todos falem sobre o tema, com medo da polêmica que o assunto possa trazer.
No Brasil, a Anvisa preconiza que o uso da Cannabis medicinal precisa de prescrição por um profissional habilitado – atualmente, médicos, dentistas e fisioterapeutas.
Se você é atleta, amador, profissional, paralímpico ou não, quer iniciar a terapia com canabinóides e obter toda a ajuda para a importação, fale com nossa equipe de Atendimento pelo nosso whatsapp,
Ana Claudia Marques é redatora da CBD Fast Lane, escritora, Terapeuta Ocupacional, pós-graduada em Medicina Tradicional Chinesa e terapias integrativas, além de estudiosa sobre o potencial terapêutico das plantas.